Por: Giuliano Sales

Com certeza nesta segunda-feira um de seus colegas o questionou:"E ai, apagou as luzes ontem?" , caso você não estivesse informado sua resposta dificilmente entraria no mérito da HORA DO PLANETA, pois bem no domingo dia 28*, das 20:30 às 21:30, os brasileiros foram convidados a apagarem suas luzes, mas não fomos somentes nós.
Surgido em 2007 a campanha tem ganho a cada ano novos adeptos, o Brasil participou oficialmente pela primeira vez este ano apoiado pela ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza). No primeiro ano, a campanha focalizou-se nas ruas de Sidney, que apagou durante 1 hora, de lá para cá, 88 países aderiram ao projeto.
Sua finalidade é conscientizar os líderes que se reunirão na Conferência sobre Mudança Climática em Copenhague, no mês de dezembro, a importância de firmar uma redução "definitiva" da emissão de gases que provocam o efeito estufa.
O “apagão” de uma hora é também uma maneira de mobilizar a sociedade mundial aos problemas relacionados ao meio-ambiente, uma hora realmente é pouco para refletirmos sobre algo tão alarmante e sério, mas na realidade, quantos de nós paramos por no mínimo 10 minutos para pensar no assunto? Observar essa grande corrente mundial mostra que existem seres humanos capazes de desligar-se do seus computadores, televisores, radio e suas mordomias por uma questão maior.
A campanha iniciou na ilha Chatham, na Nova Zelândia, às 20h30 locais de sexta-feira (3h30 de sábado pelo horário de Brasília) e chegou no Brasil com 17 horas completadas. Japão e Arábia Saudita foram os único países participantes do G20 a não pronunciar-se oficialmente sobre a campanha, o que é algo lamentável, afinal de contas num mundo vivendo uma crise mundial ainda existem países que não se preocupam com questões ambientais, será que o ser humano só aprenderá quando as consequências forem inevitáveis? Aderir a campanha HORA DO PLANETA não causaria altos custos nem aumento da criminalidade, pelo contrário engrandeceria a onda global e mostraria-nos como nossas mordomias são “patrocinadas” pela mata destruída, pelo planeta cada vez mais aquecido, pelos bichos mortos e outras destruições ambientais.
Calma, caso você seja uma pessoa preocupada com o meio em que vive e não aderiu à esta campanha, tudo bem. Ano que vem haverá uma nova, e no outro ano, e no outro, e no outro, até que a conscientização de poucos seja universal, evitando efeitos irreversíveis. Assim como o neoliberalismo vê o seu fim, pode estar surgindo, nas novas gerações, as verdadeiras concepções do crescimento sustentável, fazendo com que a relação homem x meio-ambiente possa equiparar-se.


Saiba mais acessando:http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/

*errata