Uma Índia mais difícil

Por: Bruna Barbosa

Na semana passada diversos veículos de comunicação noticiaram a reeleição do primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, de 76 anos, sendo que o Partido do Congresso a qual ele pertence obteve tambem ampla vitória neste eleição.
Singh, antes de se tornar ministro pela primeira vez, havia sido ministro das finanças (nos anos 90), contribuindo para a liberalização da economia indiana e para um salto de crescimento do país. Atualmente, após ser eleito pela 2ª vez, o primeiro-ministro pretende cuidar da recuperação da economia, que apesar de ter sido uma das menos afetadas pela crise, teve o seu crescimento abaixo em aproximadamente 3%.
Apesar da vitória, Singh já precisa tomar importantes decisões. Ele precisará dosar o tanto de prioridade que dará às privatizações e as leis trabalhistas, pois não deve apenas ajudar a recuperar a economia, mas sobretudo as questões sociais devem receber uma atenção especial, devido ao fato de terem sido importantes para a eleição da legenda do primeiro-ministro.
É importante observar também que assim como algumas potências mundiais EUA, por exemplo, a Índia também possui uma éspecie de "tensão" com um outro país, no caso o Paquistão. As relações entre esses países andam meio extremecidas, depois que no ano passado, ataques terroristas à capital financeira indiana (Mumbai) foram atribuídos a paquistaneses. Resta saber, agora, se Manmohan Singh saberá conduzir, pela 2ª vez, a maior democracia mundial, pois penso que mesmo estando focado na economia, ele precisa fazer valer as propostas de campanha que dão ênfase a programas sociais. Observo em alguns noticiários que: por trás de sua linda cultura, este país possui uma boa parte da população vivendo em condições precárias, nos subúrbios , precisando urgentemente de amparo que, agora, cabe a Singh auxiliar.

Faltam Livros

Por: Laio Brandão



Li, num tacada só, o saboroso Nihil Sibi - em latim, Cada Vazio(ou Nada). Do português Miguel Torga, o livro traz, em suas 80 páginas, 47 poemas. As incursões da subjetividade do autor variam, porém, dentro da temática proposta, logo evidenciada no título da obra. O vazio. Miguel, muitas vezes, de forma sutil, põe em voga conflitos com deuses, divindades, a solidão, a natureza, suas musas, as relações humanas e, é claro, o poeta e seu leitor. As contestações, como são, fruto do fulgor espiritual do poeta, ocorrem à parte à sua existência, de forma que este, errante e inconstante exponha sua visão sobre algo que não o inclui; algo que ele vê mas não consegue proceder de forma semelhante. Sua 1ª edição data 1948, Lançado pela Coimbra, com versos simples e diretos, que outrora nos incitariam a uma leitura simples, em suas divagações podem nos levar a caminhos tortuosos, que por vezes surpreendem, variando com a profundidade que se lê. Portanto, não o subestime. A edição que tenho em mãos é a terceira, lançada em 1975 e já sucumbida às trapaças do tempo; mas isso não contraria o assunto a ser tratado; que não é o livro. Ei-lo.
Muito me surpreendeu, em minha ingenuidade, no momento da locação de Nihil, notar que a data do último empréstimo remetia ao longínquo 6 de setembro de 2000. O livro estava bem camuflado nas prateleiras, decerto; entretanto nada justifica. A falta de propósito e interesse em leitura é uma chaga contemporânea, que na contramão da falibilidade das estatísticas indicando que o brasileiro está lendo mais, fica velada e, quiçá, esquecida. O brasileiro deve estar lendo mais, realmente, mas lendo algo de qualidade questionável. Assim me parece. Impressos que, endossados por interesses econômicos e tendências de cultura de massa vendem cada vez mais, deixando, porém, de lado, o principal credor de uma obra: sua contribuição cultural/intelectual. A linguagem rasteira empregada, o enredo parco de conteúdo e a utilização de personagens muitas vezes dispensáveis como elfos, duendes, crianças asiáticas e monstros, numa trama de fácil assimilação, caem como um prato cheio na mesa de nossos semelhantes; saturados pelo trabalho extensivo, cansaço, stress e outros compromissos onerosos, acabam sem tempo, paciência e ânimo para consumirem algo que possa não trazer-lhes um prazer imediato, mesmo que efêmero.
Dessa forma, não sobra espaço para Miguel e tantos outros (e que outros!). Quantas obras caem no ostracismo a cada momento? Quantos autores não são descobertos? Quantos desmotivados? Até que ponto a produção artística, no Brasil, suportará o descrédito da maioria? Rapaziada...há muita coisa bonita por aí; inclusive Nihil Sibi.

Um mistério de mais de 2000 anos

Por: Juliana Corrêa

Arqueólogos estão a um passo de desvendar um dos maiores mistérios da humanidade: o túmulo da rainha do Egito Cleópatra.
O templo de Abusir, situado a cerca de 50 quilômetros de Alexandria, onde possivelmente está enterrado os corpos de Cleópatra e de seu amante, Marco Antônio, está sendo estudado por uma equipe de arqueólogo liderada por Zahi Hawass, diretor do Conselho Superior de Antiguidades do Egito, que diz estar convicto de tal hipótese. E realmente, as evidências de que o túmulo pertença à rainha são muitas: moedas cunhadas com a efígie de Cleópatra e de Alexandre, o Grande, corpos de sacerdotes em posição fetal, típico dos que cometiam suicídio após enterrar seus amos, vinte e duas peças de bronze com o perfil da rainha, além de vinte e sete túmulos e múmias de dez nobres encontradas na região. A descoberta do templo de Abusir, na colina de Taposíris se deu graças a satélites e radares, que comprovou a existência de um emaranhado de túneis e passagens secretas, interligando uma tumba a outra.
Cleópatra, ao contrário do que muitos pensam, era de origem grega, e reinou no Egito por 21 anos, a maior parte do tempo sozinha, como nenhum homem jamais reinou. Teve quatro filhos, um deles com Júlio César, três com Marco Antônio. Cleópatra morreu aos 39 anos, após seu amante Marco Antônio ter se matado. A rainha não podia se matar, já que a vida de seus filhos estava ameaçada caso ela o fizesse. Por isso, pede que lhe enviem uma víbora escondida, e se deixa picar. Se realmente for comprovado que o túmulo pertence à rainha do antigo Egito, Cleópatra, acabará o mistério de mais de dois mil anos, sobre sua beleza, como viveu e morreu, com quais tesouros foi enterrada. Mas, mesmo que Cleópatra não esteja enterrada lá, não se deve desprezar a descoberta arqueológica que estiver no local.

Trate-me Leão

Por: Eduardo Nacimento Júnior




Ubu Rei – 1975





Em uma festa qualquer, em algum lugar da cidade do Rio de Janeiro estão Regina e seu pai Geraldo Casé. Ambos estão entediados e percebem que uma figura “chata” acaba de chegar. Geraldo olha para Regina e diz:
- Olha, o Asdrúbal trouxe o trombone!
Estava dado o código e, pai e filha, tratavam de sair dali rapidinho. O que Geraldo não percebera é que acabava de batizar um dos mais influentes grupos teatrais do Brasil.
Surgia, em 1972, uma trupe de jovens influenciados pelo humor do grupo britânico Monty Python e liderados por Regina Casé, Luís Fernando Guimarães e Hamilton Pereira Vaz. O Asdrúbal Trouxe o Trombone marcou a forma de se fazer comédia num momento do país em que o humor andava esquecido.
A peça de estreia, O Inspetor Geral, de Nikolai Gogol foi encenada em 1974 e chamou a atenção devido a vitalidade mostrado tanto pelos atores, quanto pelos diretores. A encenação mostrava uma nova visão de mundo, de um grupo de jovens que começava a ingressar na vida adulta.
Em 1975, ainda interpretando textos clássicos, o Asdrúbal monta a peça Ubu Rei de Alfred Jarry. Interpretam vestidos de palhaços, com maquiagem marcante e adotam a linguagem circense, mostrando mais uma vez vitalidade e personalidade.
O auge do grupo se dá com Trate-me Leão, abandonando a interpretação de textos de outros autores e passando o próprio grupo a também criar. Esta peça entra para os anais do teatro brasileiro por se tratar de um fenômeno estético, já que grupo passa a falar de si mesmo, da sua geração, os “bicho-grilos” e sua linguagem, preocupações e problemas.
Os espetáculos seguintes, Aquela Coisa Toda (1980) e A Farra da Terra (1983) oferecem ao público a estrutura aberta, em que os atores mostram os mecanismos de ilusão teatral.
A inovação de Asdrúbal Trouxe o Trombone não é a forma como cria a “farsa”, mas sim como mostra o real, uma realidade. O ator é o eixo central da criação e cabe ao diretor selecionar e costurar os elementos a fim de produzir a concisão. O grupo utiliza o palco nu, poucos objetos cênicos o que acaba por valorizar o ser humano que interpreta. O Asdrúbal não quer “mega atores” ou “super cantores”. Quer atores que cantarolem. Deve ser antes um experimentador, não um especialista. Deve haver afeto, não o rigor técnico com o intuito de se mostrar o “belo”.
Regina Casé, uma das fundadoras, certa vez afirmou: "Asdrúbal entrou para a história por olhar para o próprio umbigo. A expressão veio, porque a crítica achava que a gente só olhava para o próprio umbigo, mas, nas viagens, descobrimos que éramos o umbigo do mundo. Parecia que a peça 'Trate-me Leão' era urgente, precisavam daquilo. Descobrimos que o que estávamos falando era o que todos da nossa idade queriam falar, até no interior, com caras de enxada na platéia.”
Considerado “alienado” pela esquerda e “subversivo” pela direita, o Asdrúbal veio para confundir. Seus fundadores não pensavam em ser “cabeça”, mas sim levar o humor da forma como eles próprios o viam. Efêmero como qualquer vanguarda, o grupo acabou basicamente porque seus integrantes “cresceram”. Luís Fernando Guimarães diz, sobre o fim: "O grupo acabou como tudo acaba, cada um quis outras coisas, outras alegrias. Mas é unido até hoje, até no jeito de representar".
Além de seus fundadores, o Asdrúbal Trouxe o Trombone trouxe a mídia outros atores hoje muito conhecidos: Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna, Nina de Pádua e Gilda Guilhon.







Cena da peça Trate-me Leão (1978). Da esquerda para a direita: Luiz Fernando Guimarães (Conde), Nina de Pádua (Louise), Regina Casé (Vanessa), José Paulo Pessoa (Caique), Patrícia Travassos (Maria), Perfeito Fortuna (Paulo) e Evandro Mesquita (Matraca)










Semana em Manchete: Norte e NE

Segunda-feira, dia 4 de Maio
Diário de Pernambuco: Chuva continua causando transtornos a estados do Nordeste.

Terça-feira, dia 5 de Maio
Correio da Bahia: Chuvas: Locais mais afetados são visitados por autoridades estaduais.

Quarta-feira, dia 6 de Maio
Folha de Boa Vista: Torneios esportivos arrecadam alimentos para desabrigados pela chuva.

Quinta-feira, dia 7 de Maio
Diário da Amazona: Ministro da Saúde confirma quatro casos de gripe suína no Brasil

Sexta-feira, dia 8 de Maio
O Estado do Maranhão: Desabrigados são mantidos em condições subumanas
Correio da Paraíba: Chuva que atinge NE cauda prejuízo de R$ 1 bilhão.

Sábado, dia 9 de Maio
O Povo: FAB leva donativos para vítimas das chuvas no Norte e NE.

Domingo, dia 10 de Maio
O Jornal de Alagoas: Pobreza: o novo cativeiro dos quilombolas.

Convença-me

Por: Diego Abreu

Em algum momento paramos para refletir sobre limites de ações à fim de concluír um objetivo? Refiro-me a correr riscos, o que envolve certamente alto grau de subjetividade.
Protógenes Queiróz, recente exemplo e personagem do caso dos grampos telefônicos, foi afastado do cargo de delegado da Polícia Federal, perdendo carteira e arma. O delegado, acusado de utilizar de seu ofício para fins políticos e/ou partidários, foi responsabilizado e pagou por ir muito longe.
Em consequência à tais atitudes, os senhores representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se reuniram à fim de restringir a liberdade da PF e assinaram o Pacto Republicano mês passado.
Em matéria de punição, os que ameaçam a manutenção política sofrem represálias, enquanto tipos como Marcos Valério se regozijam ao enfrentar o Superior Tribunal Federal.
Por falar em corrupção e suas implicações jurídicas, Gilmar Mendes, presidente do Supremo, tem frequentado o noticiário - não muito à seu agrado - pois sofreu duras críticas de seu "colega" Joaquim Barbosa. O atrito causa preocupação sobre o Judiciário, Poder verdadeiramente relevante e responsável pelos maiores lamentos nacionais: a impunidade política.
Lembrem-me de algum político condenado por improbidade pelo STF, e irei rever meus conceitos sobre limites de ações e riscos necessários, assim como pensarei melhor sobre as atitudes de Joaquim Barbosa e Protógenes Queiroz.

Bola na Mão

Por: Jader Elisei

Na semana das finalíssimas dos Estaduais pelo país, era de se esperar que o outro texto esportivo dessa semana falasse sobre uma das partidas. Mas como na sexta-feira isso já não é novidade e o blog não deve ser um mero reprodutor de notícias, vamos fugir da obviedade falando sobre outro esporte. Na verdade, sobre um gênero desse esporte, que já esteve muito perto do futebol no coração dos brasileiros que hoje tenta se reerguer após péssimas gestões, brigas internas e resultados pífios.
Pouca gente sabe, mas o basquete masculino brasileiro já ganhou dois títulos mundiais, em 1959 e 1963. Na época, o Brasil possuía times fortíssimos e jogadores mundialmente famosos, como o Corinthians e o já falecido ala/pivô Rosa Branca. Em 1974, foi realizado em São Paulo um jogo que consta nos anais da história do esporte: o ainda poderoso Corinthians, que contava com Ubiratan, outro grande do esporte nacional- venceu o Real Madrid – então campeão europeu de clubes – por 118 x 114, numa época em que – acreditem – não havia cesta de 3 pontos. O último grande feito ocorreu em 1987, no Panamericano de Indianápolis. Liderado pelo jovem Oscar, o Brasil derrotou os EUA em seu território, algo inédito até então.
Mas aí veio a década de 1990, a era negra do basquete do Brasil. Enquanto a seleção feminina ganhava a prata e o bronze nas Olimpíadas de 1996 e 2000 respectivamente, assumia a presidência da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) Gerasime Bosikzs, o Grego, em 1997. A partir daí, iniciou-se uma série de escândalos, brigas com clubes, jogadores de clubes estrangeiros e um hiato sem participações olímpicas que começou junto com o mandato do Grego. A liga nacional praticamente inexistiu nesse período, tendo seus torneios não realizados ou interrompidos por várias vezes. Isso sem contar os rachas entre federação e clubes, como na temporada passada, em que os clubes paulistas não participaram do Nacional.
Em meio a esse cenário ruim, porém, foi dado o pontapé inicial para a atual reestruturação do esporte no Brasil. Em 2005, o ex-jogador Oscar Schmidt criou a Nossa Liga de Basquete, sem a gerência da CBB, o torneio durou só uma edição, mas foi suficiente para que os times e a Confederação voltassem a dialogar e criassem a Novo Basquete Brasil (NBB), que está em andamento e satisfazendo todas as partes envolvidas. Além desse acordo, 2008 também viu o título do Universo, de Brasília, na Liga das Américas – o equivalente a Libertadores no basquete -, troféu de nível há anos não visto por nossos times. E na segunda-feira, para a surpresa deste blogueiro, ao abrir o portal Terra, vejo a notícia que Gerasime Bosickzs desistiu da reeleição e passou o cargo para Carlos Nunes, da oposição.
Com todos esses indicativos, tudo leva a crer que o basquete masculino voltará pelo menos a uma Olimpíada, o que já seria ótimo. Abraços!

Centenário de Carmem Miranda

Por: Luan Santos


No dia 9 de Fevereiro deste ano, Maria do Carmo Miranda da Cunha, a eterna Carmem Miranda, completaria 100 anos se estivesse viva.
Nascida na freguesia de Marco de Canavezes, província de Beira Alta, Portugal, Carmem foi trazida para o Brasil ainda muito pequena, com apenas 10 meses de idade. Cresceu em meio à zona boêmia carioca, na Lapa, onde trabalhou em uma loja de gravatas e mais tarde em uma chapelaria. Dizem que foi despedida por cantar demais, no entanto, seu biógrafo diz que ela atraía os clientes cantando nas lojas.
Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina ou "Buenas Tardes muchachos". A partir daí o sucesso tomou conta de sua vida. Foi a primeira cantora a assinar contrato com uma rádio, quando a praxe era o cachê por participação, e fez sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires.
Em 1939, foi convidada pelo empresário Lee Shubert para se apresentar nos Estados Unidos. Carmem recusou-se a partir sem levar sua banda ,“Bando da Lua”, com uma ajudinha de Getulio Vargas (presidente da época) conseguiu levá-los consigo.
Carmen estreiou no espetáculo musical “Streets of Paris” em Boston, onde recebeu um estrondoso êxito de público e críticas. Chegou a se apresentar perante o presidente Roosevelt durante um banquete na Casa Branca. Em 1940, ao retornar para o Brasil, é recebida com enorme ovação pelo povo carioca, que a julgou ter se “americanizado”. Carmen voltou aos Estados Unidos e deixou sua marca na calçada da fama do Teatro Chinês em Los Angeles.
Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood, dentre eles o clássico “Copacabana”, no qual contracenou com Groucho Marx, e o Musical “Meu Príncipe Encantado” com Elizabeth Taylor no elenco. Neste tempo, manteve casos com os aclamados atores John Wayne e Dana Andrews.
Desde o começo da carreira nos Estados Unidos, Carmen fazia uso de remédios estimulantes para aguentar a enorme agenda. Com o tempo, foi se tornando dependente de outros tipos de remédios e álcool. Ficou hospedada no Copacabana Palace por quatro meses para desintoxicação. Ligeralmente recuperada voltou aos Estados Unidos, onde retomou algumas apresentações. Em 5 de Agosto de 1955, um colapso cardíaco fulminante derrubou a estrela no chão de sua casa em Beverly Hills.
Carmen Miranda foi a principal interprete das marchinhas de Carnaval. Ela deu contornos mais maliciosos ao samba, cantava inserindo novos elementos no fraseado, e junto com Ary Barroso, Noel Rosa, Dorival Caymmi e muitos outros compositores deu forma à MPB. Inspirou claramente a Tropicália em todas as suas vertentes, sem falar nos figurinos fantásticos criados por ela na capacidade de montar espetáculos inesquecíveis sejam nos palcos, sejam nas telas.
Termino essa matéria deixando uma dica a todos que passarem pelo Rio de Janeiro. O Museu da Carmem Miranda fica na Av. Rui Barbosa (em frente ao nº 560) – Flamengo. (tel: 21 – 2334-4293). Lá estão diversas fotos, roupas e jóias usadas pela Pequena Notável.



Depois da tempestade...

Por: Eduardo Lopes

Talvez possa parecer estranho que um time que acabou de subir da segunda divisão se torne campeão estadual. Mas se analisarmos o recente histórico de clubes grandes rebaixados no campeonato brasileiro vamos perceber que a conquista do Corinthians já era esperada.
Em 2008 o Coritiba, depois de retornar à elite no ano anterior, conquistou o título paranaense em cima do rival Atlético em plena Arena da Baixada, fato que resultou em uma atitude vergonhosa da diretoria do clube rubro-negro que impediu o campeão de receber a taça e dar a volta olímpica. No Campeonato Mineiro de 2007 o Atlético, ao contrário das duas últimas edições, goleou o Cruzeiro na primeira partida da decisão praticamente assegurando o troféu com uma semana de antecedência. No ano anterior o Galo voltou à primeira divisão depois de bela campanha na segundona, sendo empurrado pela torcida. Também em 2006 o Grêmio sagrou-se campeão gaúcho no estádio Beira-Rio contra o Internacional, que contava com um elenco superior e viria a se tornar campeão da Copa Libertadores e do Campeonato Mundial. Em 2005 o tricolor gaúcho foi o vencedor da série B depois de um jogo épico que ficou conhecido como “Batalha dos Aflitos”.
A explicação talvez seja o fato de que todos os treinadores foram mantidos no cargo de um ano para o outro. Além disso, os elencos destes clubes não sofreram muitas alterações como a venda ou contração de um grande número de jogadores.
Desse Campeonato Paulista o que fica de mais importante é a volta de Ronaldo aos gramados. Depois de mais uma contusão gravíssima o fenômeno se recuperou mais uma vez e mostrou que ainda pode trazer muitas alegrias, não só aos torcedores corinthianos mas a todos os brasileiros. O jogador deixa a esperança de estar em forma daqui a pouco mais de um ano, vestindo a camisa 9 da amarelinha e trazendo mais um titulo mundial para o Brasil.
Outros campeões estaduais em 2009:
Campeonato Baiano: Vitória
Campeonato Brasiliense: Brasiliense
Campeonato Carioca: Flamengo
Campeonato Catarinense: Avaí
Campeonato Cearense: Fortaleza
Campeonato Gaúcho: Internacional
Campeonato Goiano: Goiás
Campeonato Mineiro: Cruzeiro
Campeonato Paraibano: Sousa
Campeonato Paranaense: Atlético
Campeonato Pernambucano: Sport
Campeonato Potiguar: Assu


Saiba mais

JornaLata


É um blog criado pela turma de Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa ano de 2009. Aqui você poderá encontrar as opiniões sobre os mais diversos assuntos: esporte, ciência e meio ambiente, política e economia, cultura e tudo de mais importante que aconteceu no nosso país e no mundo. Pode contar com análises críticas e humoradas sobre os mais polêmicos escândalos e acontecimentos do nosso globo terrestre.Esteja sempre a vontade para mandar suas opiniões e críticas. Afinal de contas esse é o JORNALATA, o jornalismo universitário apurado.