Por: Jader Elisei
Na semana das finalíssimas dos Estaduais pelo país, era de se esperar que o outro texto esportivo dessa semana falasse sobre uma das partidas. Mas como na sexta-feira isso já não é novidade e o blog não deve ser um mero reprodutor de notícias, vamos fugir da obviedade falando sobre outro esporte. Na verdade, sobre um gênero desse esporte, que já esteve muito perto do futebol no coração dos brasileiros que hoje tenta se reerguer após péssimas gestões, brigas internas e resultados pífios.
Pouca gente sabe, mas o basquete masculino brasileiro já ganhou dois títulos mundiais, em 1959 e 1963. Na época, o Brasil possuía times fortíssimos e jogadores mundialmente famosos, como o Corinthians e o já falecido ala/pivô Rosa Branca. Em 1974, foi realizado em São Paulo um jogo que consta nos anais da história do esporte: o ainda poderoso Corinthians, que contava com Ubiratan, outro grande do esporte nacional- venceu o Real Madrid – então campeão europeu de clubes – por 118 x 114, numa época em que – acreditem – não havia cesta de 3 pontos. O último grande feito ocorreu em 1987, no Panamericano de Indianápolis. Liderado pelo jovem Oscar, o Brasil derrotou os EUA em seu território, algo inédito até então.
Mas aí veio a década de 1990, a era negra do basquete do Brasil. Enquanto a seleção feminina ganhava a prata e o bronze nas Olimpíadas de 1996 e 2000 respectivamente, assumia a presidência da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) Gerasime Bosikzs, o Grego, em 1997. A partir daí, iniciou-se uma série de escândalos, brigas com clubes, jogadores de clubes estrangeiros e um hiato sem participações olímpicas que começou junto com o mandato do Grego. A liga nacional praticamente inexistiu nesse período, tendo seus torneios não realizados ou interrompidos por várias vezes. Isso sem contar os rachas entre federação e clubes, como na temporada passada, em que os clubes paulistas não participaram do Nacional.
Em meio a esse cenário ruim, porém, foi dado o pontapé inicial para a atual reestruturação do esporte no Brasil. Em 2005, o ex-jogador Oscar Schmidt criou a Nossa Liga de Basquete, sem a gerência da CBB, o torneio durou só uma edição, mas foi suficiente para que os times e a Confederação voltassem a dialogar e criassem a Novo Basquete Brasil (NBB), que está em andamento e satisfazendo todas as partes envolvidas. Além desse acordo, 2008 também viu o título do Universo, de Brasília, na Liga das Américas – o equivalente a Libertadores no basquete -, troféu de nível há anos não visto por nossos times. E na segunda-feira, para a surpresa deste blogueiro, ao abrir o portal Terra, vejo a notícia que Gerasime Bosickzs desistiu da reeleição e passou o cargo para Carlos Nunes, da oposição.
Com todos esses indicativos, tudo leva a crer que o basquete masculino voltará pelo menos a uma Olimpíada, o que já seria ótimo. Abraços!
This entry was posted on 15:58 and is filed under Esporte . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
7 Na Lata!:
Muito bom o texto!gostei!
Viva aos esportes não-futebolísticos!
Viva aos esportes não-futebolísticos!2
Faltou citar o Flamengo ae, chapa! Flamengo e Oscar foram pivôs essenciais na reformulação do basquete, sem contar que somos os atuais capeões Brasileiros, Sul americanos e atuais líderes da competição.
SRN!
Droga, o texto saiu com dois erros de formatação: uma vírgula no lugar de um ponto e outra no lugar dum travessão, que deixaram o texto um pouco confuso...
foi mal IUAHIAUHIAUH
Mal minha achei q tinha tirado isso...sou lerdo demais..que diga Bianca e Camilo ¬¬
Que isso, nada que interfira!
e a proposito.
Apesar de o Sao José ficar fora dos playoff's , to curtindo essa nova liga, que leva até que bastante gente aos jogos!
Postar um comentário