Meio ambiente: Histórico e Desafios

Por: Robson Cruz

O termo usado pelos historiadores “a era de ouro”, compreende o período histórico que vai do inicio da década de 1950 à crise mundial do petróleo, em 1973. A economia mundial nesta época crescia a uma taxa explosiva. A produção anual de manufatura quadruplicou entre o inicio da década de 1950 e inicio da década de 1970, e, o que é mais impressionante, o comercio mundial de produtos manufaturados aumentou dez vezes. A essa época, de grande boom econômico, mal se notava um subproduto que este crescimento econômico espetacular trazia, embora se olharmos em retrospecto ele já era ameaçador: a poluição e a deterioração ecológica.
Não há como negar que o impacto das atividades humanas sobre a natureza, sobretudo as urbanas e industriais, mas também a agrícola, como acabou se compreendendo, aumentou acentuadamente a partir de meados do século XX. Isso se deveu em grande parte ao enorme aumento no uso de combustíveis fósseis (Carvão, petróleo, gás natural etc), cujos possíveis esgotamentos vinham preocupando os que pensavam no futuro desde meados do século XIX. Um dos motivos pelos quais a era do ouro foi de ouro é que o preço do barril de petróleo Saudita custava em média menos de dois dólares durante todo o período de 1950-73. Tornando uma energia muito poluente ridiculamente barato. O que acarretou no uso abusivo e indiscriminado dessa fonte de energia.
A poluição da atmosfera foi a preocupação imediata. As emissões de dióxido de carbono que aqueciam a atmosfera quase triplicaram entre 1950-73, quer dizer, a concentração desse gás na atmosfera aumentou 1% ao ano (Wolrd Resources, 1986, tabela 11.1 p.318). A produção de Clorofluorcarbonos, produtos químicos que afetam a camada de Ozônio, subiu quase verticalmente. No fim da segunda guerra, quase não eram usados, mas em 1974 mais de 300mil toneladas de um composto e mais de 400mil de outro eram liberados na atmosfera todo ano (World Resources, 1986, tabela 11.2, p.319). Os países ricos do ocidente naturalmente são os principais responsáveis pela parte do leão nessa poluição.
Contudo da década de 1970 em diante, com a descoberta de que a tecnologia baseada na ciência, tendo seu poder multiplicado pela explosão econômica mundial, parecia na iminência de produzir mudanças fundamentais e talvez irreversíveis no planeta terra. Não era tão fácil escapar dos subprodutos do crescimento econômico relacionado com a ciência. Assim, em 1973, dois químicos, Rowland e Molina, notaram pela primeira vez que os fluocarbonos (largamente usados em refrigeração e nos recém populares aerossóis) consumiam o ozônio na atmosfera da terra. O “efeito estufa”, ou seja, o incontrolável aquecimento da temperatura global pela liberação de gazes produzida pelo homem, que começou a ser discutido a sério por volta de 1970, tornou-se uma preocupação importante de especialistas e políticos na década de 1980.
Para a maioria de nossos contemporâneos, o assunto tem se tornado até mesmo enfadonho, pela grande insistência tanto em parte por agentes privados e na grande maioria pelo próprio governo. Sem falar em toda cobertura das questões ambientais pela mídia. Mas poucos sabem que apesar de ser um assunto considerado batido, claro, pelo senso comum; poucas soluções se chegaram e quase nada se resolveu do problema, que podendo analisar no histórico feito acima, é recente e de grande relevância para o futuro do planeta sua solução. Visto que a irreversibilidade de toda poluição, gerará um caos sobre a terra bem como ao ser humano. E pra se resolver de uma forma satisfatória, o objetivo da política ecológica deve ser ao mesmo tempo radical e realista. E não é o que temos observado. Mas sim o contrário. O que muitas vezes acontece é que argumentos econômicos sempre se sobre saem aos argumentos em favor do meio ambiente. Exemplo claro e recente disso é a grande polêmica criada em torno da transposição ou não do Rio São Francisco.
Para se acompanhar um pouco da legislação ambiental e de projetos de proteção e recuperação da natureza. Podem-se interar as reuniões da comissão de meio ambiente do Senado Federal (que também estão disponíveis em notas taquigráficas online) bem como aos textos legislativos concernentes à matéria pelo site www.senado.gov/comissões.

 

1 Na Lata!:

Thiago Soares disse...

Cara, Parabéns! Simplesmente parabéns.Texto maravilhoso!


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