Por: Talles de Paula Carvalho
Nem as previsões mais pessimistas sobre o aquecimento global calculavam essa elevação repentina nos termômetros terrestres. O motivo desse foco de tensão deve-se ao polêmico projeto espacial norte coreano, que vem gerando dúvidas sobre seus verdadeiros objetivos.
O governo do país anunciou que no período de 4 a 8 de abril será lançado um satélite em órbita, com objetivos comunicativos. Porém os EUA e seus aliados asiáticos acreditam que o país utiliza esse plano como desculpa para testar mísseis nucleares, uma preocupação que remete à fase de enriquecimento de urânio (quando a Coréia supostamente utilizava esse meio energético para a fabricação de ogivas nucleares). Mas tanto na ocasião anterior quanto na atual, a Coréia nega as acusações.
A relação conturbada entre coréias do Norte e do Sul, China, Japão, EUA e Rússia tem origem histórica, e é repleta de confrontos, retaliações e ameaças de guerras nucleares.
Vejamos uma pequena cronologia:
1940 – Coréia do Norte adota um Regime Socialista.
1950 – Inicia-se a Guerra da Coréia. O norte, socialista protegido pela URSS; o sul capitalista, auxiliado pelos EUA
1968 – O USS Pueblo, um navio espião americano, é capturado pela Coréia do Norte.
1969 – A Coréia do Norte abate um avião de reconhecimento americano.
1989 – Fotos de satélite americano revelam a existência de um centro nuclear em Yongbyon. Washington acusa a Coréia do Norte de desenvolver armamentos nucleares, o que o regime comunista nega.
1994 – A Coréia do Norte e os Estados Unidos assinam um acordo bilateral segundo o qual Pyongyang se compromete a congelar e desmantelar seu programa nuclear militar em troca da construção de reatores civis.
1999 – Um novo acordo entre os dois países no qual a Coréia abria mão do seu programa nuclear em troca de combustível, porém os EUA descumpriram sua parte do acordo, o que levou a Coréia do Norte a acelerar o seu programa nuclear.
2000 – Primeira reunião: negociações diplomáticas entre americanos e norte-coreano iniciam uma reconciliação.
2002 – O presidente americano George W. Bush inclui a Coréia do Norte entre os países do "eixo do mal", ao lado do Irã e do Iraque.
2006 – A Coréia do Norte dispara entre sete e dez mísseis, entre eles um Taepong 2, capaz de chegar ao litoral norte-americano. Os lançamentos ocasionam uma forte crítica da comunidade internacional. A ONU aprovou uma resolução que proíbe a Coréia do norte de desenvolver atividades balísticas.
2009 – Coréia do norte é acusada de realizar operações com mísseis nucleares sob a fachada de planos espaciais.
A questão envolve muitos interesses políticos e econômicos que requerem paciência, entendimento e compreensão mútua. Isso leva tempo e enquanto isso, ficamos com apenas uma certeza: o azul-céu das bolsas asiáticas, não vai conseguir cobrir o vermelho sangue da insegurança dos países orientais.
This entry was posted on 10:23
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Política e Economia
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3 Na Lata!:
"Isso leva tempo e enquanto isso, ficamos com apenas uma certeza: o azul-céu das bolsas asiáticas, não vai conseguir cobrir o vermelho sangue da insegurança dos países orientais."
boa, muleque!
"Isso leva tempo e enquanto isso, ficamos com apenas uma certeza: o azul-céu das bolsas asiáticas, não vai conseguir cobrir o vermelho sangue da insegurança dos países orientais."
Poético. . . mas economicamente instável. Na atual conjuntura economica mundial cabe salientar que as subidas e descidas nos índices das bolsas de valores não dá base a afirmações que dão sinal de "paz" nos mercados financeiros. Qualquer afirmativa deve deixar claro que a instabilidade pode levar a quedas bruscar e perdas financeiras, uma vez que estamos tratando de uma economia global onde os fluxos de capitais - principalemente os especulativos - estão em frequente procura pelas melhores oportunidades de lucratividade . . .daí, talvez, no instante do post, estes estivessem localizados na Ásia, mas daí, dar a impressão que estes mercados estariam isentos de sofrer com a crise ou ainda, acima dessa, deve ser visto com cuidado.
Parabéns a galera da comunicação pela iniciativa.
Maneirão! Show... nem li.
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