segunda-feira, 6 de abril de 2009 | Filed in:
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Especial
Por: Jader Elisei
A ideia original desse texto era que, na verdade, fosse uma espécie de homenagem a Associação Portuguesa de Desportos após a classificação para as semifinais do Paulistão, fato que ficou perto de se consumar após a vitória contra o Marília, dia 29/03. Entretanto, duas rodadas depois, com a vitória do Santos aos 43 minutos do segundo tempo, a classificação ficou adiada por mais um ano e corrobora com o jejum de 12 campeonatos seguidos sem passar da primeira fase. Mas não importa. O tom de luto no cabeçalho serve apenas para mostrar o quão decepcionante foi o gol de pênalti de Kléber Pereira em Campinas, mas não decepcionante a ponto de ultrapassar a simpatia desse time que, mesmo com poucos fãs oficiais, teve uma desclassificação lamentada por torcedores de vários outros times.
A Portuguesa, agremiação da Zona Leste de São Paulo, fundada em 1920 através da fusão de outros 5 times dirigida por imigrantes de óbvia nacionalidade, coleciona, além do título de maior 2º time do coração dos brasileiros, alguns fatos históricos ímpares do futebol nacional. O absurdo erro na contagem de pênaltis na final do Paulista-73 protagonizado pelo árbitro Armando Marques fez o título daquele ano ser dividido entre Lusa e Santos, bizarrice até então nunca vista nos gramados tupiniquins. Histórica também é a imagem de torcedores de vários times juntos, no Morumbi com quase 30 mil pessoas, para torcer pela Portuguesa contra o Grêmio no primeiro jogo da final do Brasileiro-96, que infelizmente – na visão desse protojornalista e provavelmente na de todos outros torcedores, exceto gremistas - foi levado pelo time gaúcho. Isso sem falar que 2 anos depois a Lusa faria 7x2 no São Paulo pelo Brasileiro-98, uma das maiores goleadas já sofridas pelo clube do Morumbi e que é facilmente lembrada entre corintianos, palmeirenses e santistas como se fossem de seu próprio time...
Mas nem só de curiosidades vem a tradição lusitana. Nos anos 30, foi bicampeã paulista, em 1935 e 1936. Como nessa época havia 2 federações, Santos e Palestra Itália também recorrem por estes títulos. Na década de 50, a Portuguesa tinha um dos melhores times do país, que terminou por levar duas vezes o Torneio Rio/SP na sua fase áurea: 1952 e 1955. Esse time era liderado pelo então jovem Djalma Santos, que seria bicampeão mundial de seleções com o Brasil em 1958 e 1962. Além dos títulos, outras grandes finais já foram disputadas pela 5ª força paulista: além do já citado Brasileiro-96, o Paulista-85 também é memorável, pois foi na decisão desse campeonato que Falcão, craque colorado dos anos 70 e volante da seleção de 1982, voltou ao Brasil após várias temporadas na Roma, jogando pelo Tricolor do Morumbi. Isso somado à brilhante campanha apresentada pela Portuguesa durante a temporada, na época liderada pela jovem promessa Edu Marangon, fez com que os dois jogos decisivos somassem mais de 200 mil torcedores no estádio do Morumbi.
Após um grande declínio no começo dos anos 2000, a Lusa, mesmo com o rebaixamento no Brasileiro-08, parece estar se reencontrando. Há anos não tinha um bom elenco como este visto no Paulista e que nos anima a pensar que em 2010 o time certamente dará a volta por cima e conseguirá outro acesso no certame nacional. E com essa história de vitórias, derrotas, lutas e fatos exclusivos, a Portuguesa arredou um espaço especial no coração de muitos torcedores, principalmente entre paulistas, tornando-a o segundo time de grande parte dos brasileiros. Talvez gaúchos, cariocas e mineiros digam que Brasil de Pelotas, Bangu e América-MG tenham mais charme, mas aí já é outra discussão...Abraços!
A Portuguesa, agremiação da Zona Leste de São Paulo, fundada em 1920 através da fusão de outros 5 times dirigida por imigrantes de óbvia nacionalidade, coleciona, além do título de maior 2º time do coração dos brasileiros, alguns fatos históricos ímpares do futebol nacional. O absurdo erro na contagem de pênaltis na final do Paulista-73 protagonizado pelo árbitro Armando Marques fez o título daquele ano ser dividido entre Lusa e Santos, bizarrice até então nunca vista nos gramados tupiniquins. Histórica também é a imagem de torcedores de vários times juntos, no Morumbi com quase 30 mil pessoas, para torcer pela Portuguesa contra o Grêmio no primeiro jogo da final do Brasileiro-96, que infelizmente – na visão desse protojornalista e provavelmente na de todos outros torcedores, exceto gremistas - foi levado pelo time gaúcho. Isso sem falar que 2 anos depois a Lusa faria 7x2 no São Paulo pelo Brasileiro-98, uma das maiores goleadas já sofridas pelo clube do Morumbi e que é facilmente lembrada entre corintianos, palmeirenses e santistas como se fossem de seu próprio time...
Mas nem só de curiosidades vem a tradição lusitana. Nos anos 30, foi bicampeã paulista, em 1935 e 1936. Como nessa época havia 2 federações, Santos e Palestra Itália também recorrem por estes títulos. Na década de 50, a Portuguesa tinha um dos melhores times do país, que terminou por levar duas vezes o Torneio Rio/SP na sua fase áurea: 1952 e 1955. Esse time era liderado pelo então jovem Djalma Santos, que seria bicampeão mundial de seleções com o Brasil em 1958 e 1962. Além dos títulos, outras grandes finais já foram disputadas pela 5ª força paulista: além do já citado Brasileiro-96, o Paulista-85 também é memorável, pois foi na decisão desse campeonato que Falcão, craque colorado dos anos 70 e volante da seleção de 1982, voltou ao Brasil após várias temporadas na Roma, jogando pelo Tricolor do Morumbi. Isso somado à brilhante campanha apresentada pela Portuguesa durante a temporada, na época liderada pela jovem promessa Edu Marangon, fez com que os dois jogos decisivos somassem mais de 200 mil torcedores no estádio do Morumbi.
Após um grande declínio no começo dos anos 2000, a Lusa, mesmo com o rebaixamento no Brasileiro-08, parece estar se reencontrando. Há anos não tinha um bom elenco como este visto no Paulista e que nos anima a pensar que em 2010 o time certamente dará a volta por cima e conseguirá outro acesso no certame nacional. E com essa história de vitórias, derrotas, lutas e fatos exclusivos, a Portuguesa arredou um espaço especial no coração de muitos torcedores, principalmente entre paulistas, tornando-a o segundo time de grande parte dos brasileiros. Talvez gaúchos, cariocas e mineiros digam que Brasil de Pelotas, Bangu e América-MG tenham mais charme, mas aí já é outra discussão...Abraços!
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7 Na Lata!:
Até hoje nao conheci um cidadão que torça pra esse timeco!
o/
finalmente um texto realemente interessante aqui! Portuguesa é realmente um time muito simpático, mas nada que me emocione; estava torcendo para a lusa no paulista esse ano pois queria ver o Santos de fora. Uma pena. Coincidência ou não, dois dos principais jogadores do time tem forte(!)relação com o flamengo hahaha.E ja que você fez questão de falar duas vezes que o time da marginal Tietê é o segundo no coração da galera, fiquei curioso pra saber o primeiro! qual'é?
Falou, camarada.
Bom, se somar todo mundo que torce pela Portuguesa como segundo time, bate o Flamengo fácil, fácil...
E Edward, conheço apenas uma pessoa que tem a Lusa como time principal: Henrique, um cara do Paraná que é Lusitano!
Abraço!
Vc esqueceu de citar aquela final roubada entre curinguinha e LUSA numa fase final de um ceto paulistão desses aí.
Verdade! Aquele juiz argentino que marcou um pênalti num toque de peito do jogador da Lusa...não me lembro o ano, mas foi bem lembrado, Zak!
show de bola! doido...
www.blogdaportuguesa.blogspot.com
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